(Diário de viagem - Final)
Eu fiquei nesta cidade durante um bom tempo. Basicamente, todas as semanas em que estive na Europa, exceto quando fui pra Hamburgo, eu passei em Lyon. Só agora resolvi fazer um post sobre Lyon, acho que porque só agora que Lyon "passou".
Lyon não é exatamente uma cidade "turística" que tenha alguma tradição como Paris. Soa mais familiar aos brasileiros pelas notícias sobre o Ollympique Lyonnais, o time do Juninho Pernambucano, que é heptacampeão consecutivo da França e está prestes a ganhar o oitavo título. Aqueles que pouco conhecem do futebol provavelmente nunca ouviram falar em Lyon.
Acho que Lyon é uma ótima cidade pra se morar. Tem mais ou menos o mesmo número de habitantes que Belém (em torno de 2 milhões), é bem limpa e organizada e a estrutura é melhor que a de São Paulo, que tem mais de 15 milhões de habitantes.
É gostoso andar pelas ruas da cidade, apesar de não terem o mesmo charme de Paris, nem o cheiro de Paris. As ruas são tranquilas e bem planejadas. Em alguns cruzamentos, especialmente em Gratte Ciel, não é a calçada que termina para que o carro possa passar, mas a rua que faz uma "pausa" pro pedestre poder atravessar. O urbanismo de Lyon é o mais eficiente em termos de acessibilidade que eu já vi.
Na verdade, a França em geral tem mais desenvolvido na arquitetura a parte da acessibilidade, diferente da Alemanha, onde ainda se vê o trem que tem um "degrau" em relação à plataforma. Em compensação a parte de energia e sustentabilidade a Alemanha está muito mais à frente.
O sistema de transporte é ótimo. Apesar de o metrô não atender a cidade inteira, tem um Tramway, o metrô de superfície que atende uma boa parte da cidade por onde o metrô não passa. E onde é menos movimentado ainda, tem ônibus. O ônibus é ligado por um cabo que passa por cima das ruas. Todos - metrô, tramway e ônibus - têm horas exatas pra passar. É bem menos complexo e mais inteligente que o de Hamburgo, que não vale muito à pena comentar aqui...
Se você não quiser usar nenhum dos três meios de transporte, pode ir de bicicleta. Em vários pontos da cidade tem estacionamentos de bicicletas onde se passa um cartão na máquina e ela libera uma bicicleta. Isso é pago, exceto se você ficar menos de 30 minutos. Quando acaba o tempo, a bicicleta apita e você tem 5 minutos pra guardá-la na estação mais próxima. Logo depois de guardar, 2 minutos depois você já pode pegar outra. Dá pra ir de estação em estação sem pagar, até chegar ao seu destino, não é ótimo?
Os motoristas são bem educados. Até medrosos às vezes. Isso é bom quando se está passeando a pé. É ruim quando você está dentro de um carro, atrás de um daqueles franceses certinhos e bem na frente de um dos árabes bagunceiros. O francês para em todas as faixas de pedestres, mesmo quando o sinal está verde. O árabe, a esta altura, já deve estar buzinando.
Lyon é uma cidade universitária. Tem muitos jovens por lá, inclusive brasileiros. Aliás, tem brasileiro em tudo quanto é lugar. Quase sempre, dentro do Tramway, a gente escuta pessoas falando em portugês, especialmente perto da universidade Insa.
De muitos pontos da cidade a gente pode ver a Fourvière. A basílica fica no ponto mais alto da cidade e as construções não são tão altas, de maneira que a igreja é um ponto de referência. Apesar das ruas não terem uma configuração "quadriculada" simples, a gente dificilmente se perde. Se você se perde, cedo ou tarde vê um mapa em algum lugar, em escala não tão reduzida com a localização exata de onde você está. Se não encontrar, muito provavelmente você enxerga a Fourvière e logo sabe que direção deve tomar.
Alors... as fotos:
01. Bellecour
02. Fourvière
03. Ollympique Lyonnais x Ollympique de Marseille
04. Um cruzamento na Cours Lafayette, em Gratte Ciel
05. O Rio Rhône
Eu fiquei nesta cidade durante um bom tempo. Basicamente, todas as semanas em que estive na Europa, exceto quando fui pra Hamburgo, eu passei em Lyon. Só agora resolvi fazer um post sobre Lyon, acho que porque só agora que Lyon "passou".
Lyon não é exatamente uma cidade "turística" que tenha alguma tradição como Paris. Soa mais familiar aos brasileiros pelas notícias sobre o Ollympique Lyonnais, o time do Juninho Pernambucano, que é heptacampeão consecutivo da França e está prestes a ganhar o oitavo título. Aqueles que pouco conhecem do futebol provavelmente nunca ouviram falar em Lyon.
Acho que Lyon é uma ótima cidade pra se morar. Tem mais ou menos o mesmo número de habitantes que Belém (em torno de 2 milhões), é bem limpa e organizada e a estrutura é melhor que a de São Paulo, que tem mais de 15 milhões de habitantes.
É gostoso andar pelas ruas da cidade, apesar de não terem o mesmo charme de Paris, nem o cheiro de Paris. As ruas são tranquilas e bem planejadas. Em alguns cruzamentos, especialmente em Gratte Ciel, não é a calçada que termina para que o carro possa passar, mas a rua que faz uma "pausa" pro pedestre poder atravessar. O urbanismo de Lyon é o mais eficiente em termos de acessibilidade que eu já vi.
Na verdade, a França em geral tem mais desenvolvido na arquitetura a parte da acessibilidade, diferente da Alemanha, onde ainda se vê o trem que tem um "degrau" em relação à plataforma. Em compensação a parte de energia e sustentabilidade a Alemanha está muito mais à frente.
O sistema de transporte é ótimo. Apesar de o metrô não atender a cidade inteira, tem um Tramway, o metrô de superfície que atende uma boa parte da cidade por onde o metrô não passa. E onde é menos movimentado ainda, tem ônibus. O ônibus é ligado por um cabo que passa por cima das ruas. Todos - metrô, tramway e ônibus - têm horas exatas pra passar. É bem menos complexo e mais inteligente que o de Hamburgo, que não vale muito à pena comentar aqui...
Se você não quiser usar nenhum dos três meios de transporte, pode ir de bicicleta. Em vários pontos da cidade tem estacionamentos de bicicletas onde se passa um cartão na máquina e ela libera uma bicicleta. Isso é pago, exceto se você ficar menos de 30 minutos. Quando acaba o tempo, a bicicleta apita e você tem 5 minutos pra guardá-la na estação mais próxima. Logo depois de guardar, 2 minutos depois você já pode pegar outra. Dá pra ir de estação em estação sem pagar, até chegar ao seu destino, não é ótimo?
Os motoristas são bem educados. Até medrosos às vezes. Isso é bom quando se está passeando a pé. É ruim quando você está dentro de um carro, atrás de um daqueles franceses certinhos e bem na frente de um dos árabes bagunceiros. O francês para em todas as faixas de pedestres, mesmo quando o sinal está verde. O árabe, a esta altura, já deve estar buzinando.
Lyon é uma cidade universitária. Tem muitos jovens por lá, inclusive brasileiros. Aliás, tem brasileiro em tudo quanto é lugar. Quase sempre, dentro do Tramway, a gente escuta pessoas falando em portugês, especialmente perto da universidade Insa.
De muitos pontos da cidade a gente pode ver a Fourvière. A basílica fica no ponto mais alto da cidade e as construções não são tão altas, de maneira que a igreja é um ponto de referência. Apesar das ruas não terem uma configuração "quadriculada" simples, a gente dificilmente se perde. Se você se perde, cedo ou tarde vê um mapa em algum lugar, em escala não tão reduzida com a localização exata de onde você está. Se não encontrar, muito provavelmente você enxerga a Fourvière e logo sabe que direção deve tomar.
Alors... as fotos:
01. Bellecour
02. Fourvière
03. Ollympique Lyonnais x Ollympique de Marseille
04. Um cruzamento na Cours Lafayette, em Gratte Ciel
05. O Rio Rhône
